Gustavo Caboco, do povo Wapichana, atua nas áreas das artes visuais, da literatura e do cinema. A sua produção desdobra-se em múltiplas linguagens, como desenho, pintura, têxtil, instalação, performance, fotografia, vídeo, som e texto, constituindo dispositivos para reflexão sobre os deslocamentos dos corpos indígenas, os processos de (re)territorialização e a produção da memória. A sua formação artística foi iniciada ainda na infância, no ateliê de costura de sua mãe, Lucilene Wapichana, que sempre lhe contou sobre a família, a paisagem e as lembranças da maloca do Canauanim, em Roraima.
Lançou os livros Baaraz Kawau, em 2018, Baaraz Ka’aupan e Recado do Bendegó, em 2021, Literatura do Invisível e Isso tudo não me diz nada, em 2022, todos publicados pelo selo independente que ele próprio fundou, a Picada Livros. Em 2024, foi convidado para integrar a equipe curatorial do Pavilhão do Brasil na 60ª Bienal de Veneza, ao lado de Arissana Pataxó e Denilson Baniwa. As suas participações em exposições coletivas incluem: “Um Século de Agora,” no Itaú Cultural, São Paulo; “Parábola do Progresso,” Sesc Pompéia, São Paulo; e “Atos de Revolta,” Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, todas em 2022. No ano anterior, participou da 34ª Bienal de São Paulo e da exposição “Moquém Surarï,” no Museu de Arte Moderna, São Paulo; antes, esteve em “Véxoa: Nós Sabemos,” Pinacoteca do Estado de São Paulo (2020), e “VAIVÉM”, Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília (2019).